
“Havia um moço de Belém de Judá, da tribo de Judá, que era levita e se demorava ali. Esse homem partiu da cidade de Belém de Judá para ficar onde melhor lhe parecesse. Seguindo, pois, o seu caminho, chegou à região montanhosa de Efraim, até à casa de Mica. Perguntou-lhe Mica: Donde vens? Ele lhe respondeu: Sou levita de Belém de Judá e vou ficar onde melhor me parecer. Então, lhe disse Mica: Fica comigo e sê-me por pai e sacerdote; e cada ano te darei dez siclos de prata, o vestuário e o sustento. O levita entrou e consentiu em ficar com aquele homem; e o moço lhe foi como um de seus filhos.” (Juízes 17.7-11)
O texto acima nos fala de um levita que resolveu seguir o seu própro caminho, buscando sempre um lugar que lhe fosse cômodo, que melhor lhe parecesse.
Pois bem, logo percebi que o “espírito” deste levita continua atuando nos dias atuais, e de uma maneira sem precedentes na história.
Na vida, e no ministério de quem opera este espírito?
Na vida e no ministério de pastores que não se contentam em trabalhar em igrejas de pequeno ou médio porte. Em vez de aguardarem e acatarem as decisões de seus presidentes e mesas diretoras, alguns pastores estão escolhendo as igrejas onde querem trabalhar, tentando impor a todo custo a sua vontade. Muitos destes, na hora de serem transferidos para outra congregação ou campo, sabendo que o porte do trabalho é menor, que rende menos, ou que dá menos status, criam os mais sérios problemas, tudo para não serem removidos de sua comodidade.Na vida e no ministério de pregadores e ensinadores itinerantes, que não são mais guiados pela vontade e direção divina, mas, pela comodidade dos altos cachês (inclusive tabelados), dos melhores hotéis, dos melhores restaurantes, etc. Você já convidou uma destas celebridades e na última hora recebeu a notícia de que ouve um “imprevisto”, e o convite não pôde ser atendido? Fique sabendo (se já não sabe), que muitos deste “imprevistos” tratam-se, na realidade, de “ofertas” mais gordas, de promessas mais promissoras que surgiram, e que em razão destas, você acabou “ficando na mão” (espero que na de Deus). Tudo em nome da comodidade.
Na vida e ministério de cantores e de bandas “evangélicas”, que abandoram a condição de verdadeiros adoradores, para se tornarem meros artistas profissionais, estrelas do mundo “gospel”, do mercado da fé, seduzidos pelo estrelato. Mera comodidade.Na vida de jovens pregadores, que entorpecidos pelo incontrolável desejo de “fazer carreira ministerial”, deixam de prestar contas aos seus líderes, abandonam as suas congregações e se aventuram pelo mundo, de igreja em igreja, de cidade em cidade, de estado em estado, de comodidade em comodidade.
Todos estes, se oferecendo ou atendendo aos convites e ofertas dos “Micas” de hoje (hospedeiros, sustentadores e consagradores de aventureiros), reproduzem historicamente o erro daqueles que resolvem trilhar o seu próprio caminho, o caminho da insubordinação, da insubmissão, da inquietação, da ilusória e transitória vantagem pessoal.
por: Pr. Altair Germano
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTÁRIOS