O padre Paulo Ricardo recentemente tem se envolvido em polêmicas por
conta de suas opiniões fortes. O líder religioso da Arquidiocese de Cuiabá
(MT), disse
em fevereiro do ano passado que os evangélicos eram “otários” por não acreditarem nos santos
católicos. Em março, o pároco disse no evento “Vinde e Vede” que um
“espírito mundano” tinha entrado na Igreja Católica e citou os seus colegas
padres que não estavam mantendo uma postura adequada.
Um documento assinado por 27 padres do
estado pediu
o seu afastamento e caracterizaram os sermões de Paulo Ricardo como “austeros e
ofensivos”.
Este mês deu declarações elogiando
o trabalho da Bancada Evangélica na luta
contra a liberação do aborto.
Em seu canal do Youtube ele tem dado aulas onde comenta
o livro “Poder Global e Religião Universal”, do Monsenhor argentino Claudio
Sanahuja. Sua intenção é expor “a transformação que o mundo atual está sofrendo,
partindo dos novos paradigmas propostos pela Nova Ordem Mundial”.
Ele ressaltou que existe no mundo um projeto de
reengenharia social que “esbarra nos valores judaico-cristãos, notadamente
representados pela Igreja Católica Apostólica Romana”, e que os líderes dessa
Nova Ordem Mundial pretendem destruí-la a partir de seu interior.
O livro de Claudio Sanahuja defende, basicamente, que
há uma guerra psicológica para a implantação de uma nova moral: a “revolução
semântica”. Isso inclui apresentar novos significados, por exemplo, para o termo
família “como qualquer coabitação entre duas pessoas, mesmo sendo ambas do mesmo
sexo, para relações sexuais”. Além disso, existe um “novo poder global”
pretendido pela ONU, que visa a imposição de uma nova moral. Isso inclui a
aceitação da prática homossexual, do aborto, da anticoncepção e dos direitos
sexuais e reprodutivos.
“O novo poder global precisa de uma religião
universal”, afirma Sanahuja apontando que a conferência Millennium World Peace
Summit of Religious and Spiritual Leaders [Cúpula do Milênio de Líderes
Religiosos e Espirituais pela Paz Mundial] , ocorrida em Nova Iorque, em agosto
de 2.000, realizada pela ONU, se manifestou contra as religiões “dogmáticas”,
como portadoras do “fundamentalismo”.
Ao longo de quase uma hora, o padre Paulo Ricardo
conclama para a luta o que chama de “cristãos verdadeiros”, e curiosamente
inclui católicos e protestantes entre eles. Ele admite que não vê problema em os
católicos se aliarem aos políticos evangélicos em suas lutas por objetivos em
comum. Contudo, perguntado sobre como essa união seria possível,
destaca:
1) Católicos e evangélicos têm muito mais em comum do
que aquilo que os divide, 2) devemos ser honestos para reconhecer as diferenças
teológicas históricas, 3) Sabe-se que os evangélicos irão continuar chamando os
católicos de “idólatras” e os católicos continuarão considerando os evangélicos
como “hereges”. Por fim, o padre propõe que “no agir politicamente precisamos
[católicos e evangélicos] de um meio-termo” para que o cristianismo
possa ser salvo desse ataque da Nova
Ordem Mundial.
Fonte: apocalink
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