Neste contexto, a permissividade com o bico, possibilitando aos governos a omissão frente à defasagem salarial nas polícias, acabou gerando como efeito colateral a criação de grandes empresários policiais, em todas as instâncias hierárquicas, algo que vai além da mera complementação salarial. É isto que o Ministério Público está investigando no Rio de Janeiro:
RIO — Por trás de empresas que fazem consultorias e elaboram projetos e planos de prevenção e combate a incêndio, há integrantes do Corpo de Bombeiros, embora o estatuto da corporação proíba a participação do militar no quadro societário. O Ministério Público do Rio já instaurou três inquéritos e moveu uma ação civil por improbidade administrativa contra bombeiros que usam parentes ou laranjas para figurarem como sócios em empresas, enquanto eles próprios ficam à frente dos negócios. O MP afirma que a função pública é usada para facilitar os trâmites dos processos de certificação dos estabelecimentos no Corpo de Bombeiros.Embora seja necessária a flexibilização de certas normas, garantindo o exercício de atividades extras que não são incompatíveis com a atividade policial, há, de fato, certos exageros que devem ser coibidos. Mas tudo deve se iniciar com a atitude dos governos em conceder dignidade salarial aos policiais e bombeiros.
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Fonte: Abordagem Policial
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