O secretário estadual de Segurança Pública,
José Mariano Beltrame, qualificou como homicídio a morte de um recruta depois de
um treinamento “descabido e irresponsável” no Centro de Formação e
Aperfeiçoamento de Praças (CFAP). A declaração foi feita durante a cerimônia de
formatura de 139 soldados do Centro, na manhã desta sexta-feira. O recruta Paulo
Aparecido Santos de Lima, de 27 anos, teve morte cerebral diagnosticada na
segunda-feira e seu coração parou de bater às 6h de hoje. Ele foi obrigado a
executar um treino exaustivo sob o sol do dia mais quente do ano até o momento,
quando a sensação térmica chegou a 50 graus e os termômetros registraram 42
graus. A Polícia Militar formou um grupo de estudos integrado por professores de
educação física. Liderado pelo coronel Antonio Carballo, diretor-geral de ensino
da PM, o grupo tem a missão de propor mudanças na grade curricular do curso do
CFAP. O recruta estava no segundo dia de curso, em fase de adaptação, quando
passou mal. Ele foi levado para o Hospital Central da Polícia Militar, no
Estácio, com forte insolação. - Os médicos ligaram cedo dizendo que ele falência
múltiplas dos órgãos, o coração dele parou de bater - contou a prima do jovem,
Crislaine de Souza, que informou que o enterro deve ser realizado no cemitério
de Engenheiro Pedreira, na Baixada Fluminense. Na terça-feira, o comandante do
HCPM, coronel Armando Portocarrero informou que a causa morte de Paulo foi um
derrame causado por uma série de fatores que incluem a temperatura, a prática de
exercício físico e uma possível propensão genética. Um Inquérito Policial
Militar (IPM) foi aberto para apurar se houve excessos.
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