
O Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad),
vinculado ao Ministério da Justiça, discute a possibilidade de descriminalização
do uso de drogas no Brasil, em especial a liberação da maconha com finalidade
médica, como no caso de tratamento de dependentes do crack. Um grupo de trabalho
foi constituído no ano passado e busca um consenso sobre a melhor alternativa
para a legislação referente ao assunto. Representantes do Ministério das
Relações Exteriores que participaram das discussões sugeriram a criação de uma
agência reguladora específica para acompanhar um eventual uso medicinal da
maconha no país. Eles disseram ainda que o uso é contemplado em tratados e
convenções internacionais. A coordenação do grupo de trabalho coube a Vladimir
Stempliuk, que deixou nesta semana o cargo de diretor de Projetos Estratégicos e
Assuntos Internacionais da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas
(Senad). A titular da secretaria, Paulina Duarte, e a número dois do órgão,
Cátia Chagas, também foram exoneradas. Os três eram conselheiros do Conad e
ainda não foram substituídos. Além da descriminalização, o grupo de trabalho do
Conad discute outros três cenários: legalização, manutenção da política atual e
eventuais "retrocessos" na legislação. O Conad está praticamente parado em razão
da debandada na Senad. Procurado pelo GLOBO, o Ministério da Justiça disse que
só se pronuncia sobre o assunto segunda-feira, em função da transição na
secretaria.
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